Aquário Vasco da Gama

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Recentemente visitei o velhinho Aquário Vasco da Gama em Algés (Lisboa) fundado pelo Rei Don Carlos que era uma enorme aficionado pela vida marinha e é um dos mais antigos aquários do mundo, inaugurado em 1898.

Os preços sao convidativos e mantêm os animais em muito boas condições. Hoje em dia  e desde que foi inaugurado o Oceanário no Parque das Nações o Aquário Vasco da Gama tem perdido visibilidade por isso recomendo que visitem, é diferente do Oceanário.

Fica galeria de imagens:

Montagem do aquário (Português)

Após o planeamento do aquário o passo seguinte é planear o setup que vai encaixar no aquário desenhado.

O setup escolhido para esta montagem foi o seguinte:

Como é possível observar o setup este contempla todos os equipamentos necessários para colocar o aquário a funcionar nas devidas condições (existem “n” setups diferentes e grendes discussões á volta dos mesmos, no entanto esta foi a escolha feita). As bombas de circulação mais tarde sofreram um upgrade para uma Vortech MP40W e o método de pinga pinga de kalk foi removido para utilizar método de Balling Light da Fauna marin, no entanto tudo o resto se mantém.

O primeiro passo para fazer a montagem foi idealizar o Layout. Para tal, iniciou-se por pensar na forma que se queria que o layout tivesse e so mais tarde se tentou montar esse layout (ainda fora do aquário):

Assim que se conseguiu conjugar mais ou menos as peças, então passou-se para a montagem no aquário. As rochas foram enviadas por correio portanto não tive oportunidade de escolher o que queria, foi simplesmente conjugar de peças disponíveis. Simplesmente para a rocha morta pedi 4 plates grandes de forma a fazer efeito de escada e com muito espaço onde colocar corais.

Rocha ja dentro do aquário:

Nesta fase é necessário ter uma esponja para ir mantendo sempre as rochas molhadas. Estas estiveram a ciclar durante algumas semanas portanto é importante que esta fase seja extremamente rápida por forma a manter as colónias de bactérias que se formaram intactas. Para isso, é claro importante que o posicionamento das rochas ja esteja pre-definido de forma a sair um bom layout logo á primeira.

As rochas também foram assentes directamente sobre o vidro e so depois foi colocada a areia.

No final temos a rocha toda disposta dentro do aquário pronto ja para encher e igualmente introduzir a areia que foi previamente também passada por água para tirar algum lixo que viesse acumulado.

Até chegar a este ponto não se demorou mais que 30 minutos. A partir daí foi-se enchendo o tanque até a rocha ficar totamente submersa. É igualmente importante ter previamente acumulado grandes quantidade de água de osmose e a boas temperaturas, portanto o planeamento e o início da montagem na verdade começa muito antes. Temos que ter o layout planeado, produzir e armazenar água de osmose salinada e aquecida e ter todos os equipamentos prontos para entrar em acção.

Este foi o resultado final obtido. Da para observar alguns filtros e aquecedores ainda tudo dentro do aquário. Foi somente do forma temporária até colocar a Sump 100% operacional.

Área técnica:

Nesta altura ainda extremamente desarrumada mas ja com os equipamentos instalados.

Finalmente o aquário 8 dias depois da montagem:

Portanto como é possível observar o processo de montagem não é muito complicado, só tem que ser devidamente planeado todos os passos até chegar ao dia da montagem.  Apesar de aqui não estar exposto, mas é necessário também previamente colar e instalar a tubagem e ligar todo o sistema que vai fazer o circuito entre o aquário e a Sump. É uma parte que também tem que ser planeada com muito cuidado porque visto que os tubos são colados ira depois ficar permanente e é uma parte muito sensível a fugas de água.

Aqui tentei indicar quais os pontos chaves para se obter uma boa montagem, obviamente que existem muitas outras coisas que aqui não estão expostas mas que têm que ser feitas obrigatoriamente e que são igualmente importantes, no entanto penso que o foque maior foi naqueles pontos onde é comum encontrar mais erros ou dificuldades ao montar o aquário.

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Cura Rocha- Viva & Morta (Português)

Quando se começa a montagem de um aquário de recife, um ponto muito importante para o mesmo é a rocha que devemos colocar. Temos que decidir que quantidade de rocha, que tipo de rocha e a qualidade da mesma. Normalmente nas lojas Portuguesas é costume encontrar rocha Indonésia, Indonésia premium e Fiji. Existem muitos outros tipo no entanto foram estas duas as mais comuns que fui encontrando.

Existe também quem adicione rocha que vem de outras montagens, mas essa situação so acontece quando existe essa possibilidade, no entanto é preciso acautelar sempre que seja rocha nova ou de outro aquário á qualidade da mesma.

Normalmente podemos separar a rocha em 2 tipos. Rocha morta, isto é, rocha que foi retirada do mar/aquário e que foi colocada a secar perdendo todos os microorganismos e vida que continha. Esta costuma ser sempre mais barata.

Existe igualmente rocha viva, isto é, rocha que mantém toda a sua vida e microorganismos e portanto irá serve um “filtro” muito importante para alojar bactérias.

Antes de se colocar estas rochas no aquário deve-se proceder a um tratamento à parte das mesmas em recipientes durante algumas semanas de modo a garantir que ela vai entrar no aquário já com o ciclo iniciado.

O que vou descrever a seguir é a forma de como eu tratei 50Kg de rocha (22Kg viva + 28Kg morta) para o meu aquário de 430L de modo a garantir que começava com o pé direito logo ao encher o aquário pela 1ª vez.

A rocha viva usada foi a seguinte:

Devido a todo o processo de apanha e transporte a rocha não chega nas melhores condições a nossa casa portante torna-se importante trata-la.

Cura da rocha viva Fiji 22Kg:

  • Cubo com dimensões 50*50*50;
  • Começou com 40-50 litros de agua e foi gradualmente subindo até encher;

  • Salinidade 1.025;
  • Temperatura 25 ºC;
  • Coloquei uma bomba Tunze 3000l/h mais uma SunSun 3500 l/h para manter a água em alta turbulência com o objectivo de garantir o maior fluxo de água e a libertação de matéria morta;

  • O escumador entrou depois e la ficou a funcionar e a tirar porcaria do cubo e assim ajudar a baixar os valores de No2, No3;
  • Período de 3 semanas que a rocha teve a ciclar, no entanto á segunda semana ja estava impecável;
  • A rocha é muito boa. Muito porosa e cheia de vida e so assim se explica esta rápida recuperação;
  • Algumas mudanças de água de 50% ao incio, mas no total foram somente umas 5. (ao tar num cubo não gasto quase água nenhuma ao mudar 50%, porque caso fosse no tanque principal gastava imensa água e sal);
  • Neste período foi usada agua da torneira com AquaSafe e uns dias de repouso. Eu sei que devia ter usado agua RO/DI, mas não tinha a unidade de osmose instalada e propriamente calibrada;
  • Durante estas 3 semanas virei a rocha 2/3 vezes para ajudar a libertar matéria morta. Obviamente que cada vez que mexia os valores de NO2 e NO3 até rebentavam a escala icon_biggrin.gif;

Portanto basicamente a cura da rocha viva foi dessa forma e assim fiquei com a rocha em boas condições para entrar no aquário para a montagem.
Recomendo vivamente este processo. Tive imenso sucesso desta forma tendo inclusive a rocha viva desenvolvido algumas pequenas esponjas, coralina, etc durante o período no cubo mesmo com luminosidade praticamente nula.

Ao início os valores de NO2, No3 estavam tremendos, mas mas com o passar do tempo e a ajuda do escumador rapidamente os mesmos testes deram NO2 e No3 a níveis muito baixos e nessa altura percebi a quantidade de bactérias e a capacidade de filtração que as rochas acumulam.

Ciclagem de 28Kg de rocha morta:

  • Ficou repartida em 2 em tanques de plástico á parte também durante 3 semanas;
  • Cada tanque teve um aquecedor com agua a 25 ºC e uma bomba normalissima so a circular água. O aquecedor foi para ajudar a degradar a matéria morta. Para quem não sabe a rocha morta á simplesmente rocha viva mas que depois é passada por Lixívia! A minha até trazia ainda um mini caranguejo perfeitamente conservado e umas esponjas e mais umas coisas. Portanto ja podem imaginar a quantidade assombrosa de lixo que estas rochas trazem;

  • Ciclou em água doce;
  • Logo no primeiro dia agua super-amarela e um cheiro esquesito -> mudança total de água;
  • Nos dias seguintes a agua ia ficando cada vez melhor. Mais algumas mudanças de água;
  • Na 2ª semana quando a rocha viva deu sinais de estar estabilizada e tudo a zeros por curiosidade medi o NO2 da rocha morta e claro valores de rebentar a escala porque afinal de contas a rocha está morta;
  • Desde o primeiro dia adicionei em grandes quantidades de Sera Nitrivec para tentar colonizar a rocha e combater o NO2 e NO3, mas digo-vos que nao teve grande sucesso;

Portanto a rocha morta acabou por ser a maior dor de cabeça. Não voltei a medir mais nenhuma vez o NO2 á 3ª semana portanto não sei com andava. Mas a rocha morta é assim, por isso é que é morta e não viva
Mas penso que foi uma boa forma de a limpar, de a tentar colonizar de forma artificial e de a preparar ao máximo para entrar no tanque principal.
Nesta fase nunca misturei a rocha morta com rocha viva. Cada coisa para seu lado.

Após todo este processo que durou 3 semanas a rocha estava pronta para entrar para o aquário e assim ocorreu.
Espero que esta pequena descrição da minha experiência nesta matéria seja útil a quem pretenda acrescentar rocha ao sistema ou montar um novo aquário.

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