Hemitaurichthys Polylepis (Português)

Distribuição: Oceano Pacífico: Ilha Christmas, no Oceano Índico oriental para a Indonésia eo Havaí, Line, e das Ilhas Pitcairn, de norte a sul do Japão, ao sul de Rowley Shoals e Nova Caledônia. Substituído por Hemitaurichthys zoster no Oceano Índico.

Tamanho Mínimo do Tanque: 150L

Tamanho: 10cm

Alimentos naturais: Zooplâncton

Nível de cuidados: Moderado

notas: Provavelmente uma das mais seguras butterflyfish  para manter com os corais duros e moles. Geralmente aceita a maioria dos alimentos oferecidos, incluindo frutos do mar picado, artémia congelada ou ao vivo, preparações congeladas, carne crustáceos, camarão mysid e preparações congeladas, e até mesmo ração.

Cyanobacteria – O que fazer?!

Mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor extensão, todos os aquários de recife se deparam com este problema…o desenvolvimento das inestéticas cianobacterias. Estas muitas vezes confundidas com algas, são de facto bactérias, mas especiais, pois são bacterias que realizam fotossíntese, tal como as plantas e as algas, ou sejam retiram energia da luz, produzindo oxigénio. Apesar de serem muito chatas e um pesadelo para os aquarios de Reef foram muito importantes no inicio da vida da Terra…

As cianobacterias aparecem geralmente, não no inicio de vida do aquario, mas sim mais tarde, quando começam a acumular-se mais nutrientes, que não são suficientemente exportados para fora do aquário e ai elas acabam por surgir e desenvolverem-se! As condições propicias ao seu aparecimento e desenvolvimento são geralmente as seguintes:

  • luz impropria…,com uma cor mais para o amarelo tende a fomentar o crescimento de algas, nomeadamente as cianobacterias;
  • lâmpadas já demasiado velhas
  • fraca circulação
  • grande carga orgânica
  • introdução de água de osmose ou salgada com fosfatos/silicatos/nitratos

Assim as soluções passam sempre por resolver as causas e NUNCA, na minha opinião pelo uso de antibióticos que erradiquem as bactérias, como existem vários produtos comercias, que dizem que o fazem, sem qualquer problema para os corais e peixes…o que é falso…há imensos casos descritos de verdadeiras catástrofes após o uso destes produtos…assim o ideal é tentar encontrar a causa e solucioná-la!

Na nossa experiência os parâmetros e soluções mais decisivos são:

  • introdução de água de osmose com 0 ppm, isso implica o uso de osmose inversa com resinas que removam fosfatos/silicatos/nitratos que acabam sempre por passar pela membrana osmótica e uma constante monitorização dos ppm da água produzida! Assim que estes comecem a aumentar é hora de mudar as resinas…
  • baixar a carga orgânica…se há cianobacterias…quase de certeza que e/ou os fosfatos estarão elevados (+de 0,3) e/ou os nitratos (+de 5 ppm)…e assim é necessário intervir: aumentar TPAS, diminuir alimentação dos peixes, trocar de escumador, implementar um sistema mais eficiente de exportação de nutrientes
  • potenciar a limpeza do areão e da rocha viva quer através do aspirar das cianos e da RV, quer através do uso de produtos bacterianos que ajudam a consumir estes detritos! Neste campo a dupla da KoraZuch Zeozym e Zeoback ajuda mesmo…Dissolver o zeozym em água do aquario à parte, adicionar as respectivas gotas de zeoback e deixar a repousar durante 6-8h…depois adicionar no aquario…desligando o escumador durante 2h! Este tratamento promove o consumo de detritos…e ajuda de facto a eliminar as cianos juntamente com as medidas anteriores…

Foi esta a nossa experiência…Após alguns meses com esta praga…ficou resolvida…0 cianos!

Visit us on

Envio e transporte de corais

O transporte dos seres vivos de um Reef é um dos momentos mais delicados…Quer seja dos seus locais de colecta como das ilhas do Pacífico (Japão, Indonésia) ou das do Atlântico (Barbados, Republica Dominicana) para o distribuidor quer seja da loja até à nossa casa!! Assim 2 parâmetros são essenciais para que o transporte ocorra com sucesso:o nível de oxigénio na água e a temperatura da água!

Dois tipos de transporte devem ser distinguidos! O transporte de corais e o transporte de peixes/invertebrados. No transporte de corais o parâmetro temperatura é o mais importante a tentar manter, enquanto que no transporte de peixes, para além da temperatura também tem de haver uma grande disponibilidade de oxigénio.

O transporte entre continentes dos locais de colecta,nas ilhas paradisíacas, até às lojas, por exemplo na  Europa é feito por avião em que os vivos (peixes e corais) vêm em grandes caixas de esferovite! Estas caixas de esferovite permitem absorver pequenos choques físicos, mas sobretudo preservam a temperatura da água onde os vivos vão! Os vivos dentro das caixas vão dentro de sacos, individualmente, para não haver guerra química entre eles e não haver consumo excessivo de oxigénio. Estes sacos levam uma boa quantidade de água e outra boa quantidade de ar ou oxigénio (de botija), dependendo se é um coral ou peixe, respectivamente. Estes transportes inter-continentais costumam demorar entre 24-48h, até chegarem à empresa importadora que os irá aclimatar de novo em aquários! Muitas vezes, dependendo da altura do ano, poderá colocar-se alguns pequenos sacos térmicos, que têm dentro alguns quimicos que reagem e libertam calor de uma forma controlada, ajudando assim que a temperatura dentro da caixa de mantenha durante mais tempo adequada (sobretudo no Inverno em países muito frios)!

Assim, quando estamos a transportar animais da loja onde compramos o ser vivo para nossa casa devemos ter em atenção estes 2 parâmetros: temperatura e oxigenio. Para tal devemos recorrer, se possível, às tais caixas de esferovite, pois são a melhor solução e a que nos garante que o ser vivo chega nas melhores condições a casa…pronto para a aclimatização a um ambiente totalmente novo…que representa um stress e desafio enorme para o ser vivo!!

Caso tal não seja possível…o ideal é usar uma caixa de papelão, cheia de papeis de jornal, bem como embrulhar, na medida do possível, o saco de plastico onde esta o ser vivo na água! Estas regras terão de ser ainda mais rigorosas no Inverno…pois a temperatura expterior é muito mais baixa que a temperatura da água! No Verão é mais facil e até se deve ter o cuidado para nao deixar sobreaquecer…como deixar a caixa com o ser vivo num local muito quente como num automóvel ao sol, por exemplo…

Visit us on

Erros/Lições dos ultimos 3 anos de Reef

Featured

Nunca usar GFO na quantidade anunciada pela marca

seja pelo facto de diminuir os niveis de fosfatos bruscamente ou de libertar ferro, a entrada de GFO provoca RTN em calendriuns/pocciloporas… – No nosso caso o uso de GFO, mesmo em quantidades muito pequenas parece provocar sempre esse efeito inicial… (perdi algumas calendrium, histrix e poccilopora à conta disso)…apos retirar o GFO e algumas TPAS o rtn fica restringido às colonias que começaram!!

Ter sempre medidores de valores de 2 marcas

Porque? Porque há sempre variações entre marcas e nunca sabemos qual é o mais acertado, mas sobretudo porque nos podemos deparar com um teste estragado ou não funcional, sem sabermos!! Foi o que nos aconteceu…Durante meses os nossos nitratos supostamente estariam a 1-2ppm…mas quando trocamos por reagentes novos descobrimos que afinal os nitratos estavam a 30 ppm… Passei a ter medidores de 2 marcas que vou alternando ou meço os valores como controlo do sal que faço, da Red Sea, que sei os valores que é suposto ter de todos os parâmetros!

Não usar UV 24/24h …

apesar de ser util para a manutenção dos peixes saudáveis e livres de doenças, parece ser prejudicial ao corais, SPS e LPS, pelo facto de matar muitas bacterias que supostamente serão alimentos deles! Penso que a nossa experiência também nos demonstrou isto ao longo destes anos!  Achoq eu convém na mesma ter UV para evitar surtos de doenças que se podem tornar fatais para todos os peixes, mas o ideal é ligar 24h quando entram peixes novos durante 1 semana e depois reduzir para apenas algumas horas por dia! No nosso caso temos tido sucesso assim…

Balling Light…tentar sempre manter os valores: Ca 400, Mg1250, Kh 8

Valores de Ca muitos elevados na ordem dos 500 geralmente provocam morte de alguns corais!! Na nossa experiência é sempre preferivel ter valores mais baixos do que valores muito altos de KH e Ca… Tivemos um episodio de descontrolo de Ca e KH que atingiram valores de 500 e tal e de 10 ou 11 que provocaram a morte de alguns SPS…Istoa conteceu a seguir a um episodio de AEFW que nos atacou as acroporas e assim dimuiu os consumos bruscamente…

TPAS, TPAS, TPAS….quantas mais melhor

Mas sempre com os parametros iguais aos que temos ou queremos manter no aquario, caso contrario desiquilibra-se a adicções de balling! Dai que a escolha de um sal que tenha os valores ideias de agua de um Reef seja imperativo!! Nós usamos neste momento o sal Red Sea normal! No passado, com a introduçao do novo sal da Red Sea Coral Pro que apresenta valores muito elevados de KH (12) e de Ca (480), a 1,025 provoco nos um desequilibrio de valores no aquario que levou a perda de varios corais!!! Entre 10-20% por semana é o que faço agora com bons resultados.

Aspirar areão e sump pelo menos 1 vez por mês

De facto o não aspirar do areão, seja ele de 1 ou 3/4cm, leva ao acumular de muitos detritos que não chegam a à sump e dessa maneira não são retirados nem pelo escumador, nem pelo filter-bag! Assim é essencial aspira-lo com pelo menos 1 vez por mes, em todas as areas que se conseguir. O aspirador da Hagen é de facto muito facil de usar e eficaz e pode-se mesmo ver a quantidade de sujidade que se acumula no areão quando se está a aspirar…

Alimentar LPS/SPS com comida natural e não suplementos

A utilização de suplementos na alimentação de corais deve ser evitadas pois muitos deles apesar de alimentarem bem têm o reverso da medalha que é aumentarem muito os niveis de nutrientes na água, como fosfatos e nitratos a níveis intoleráveis! Assim de acordo com a nossa experiência a alimentação dos LPS basta ser feita apenas 1 vez por semana, no periodo da noite do aquario, com um mix de comida congelada (cyclops, rotiferos, red plankton, artemia), em que previamente se tenha retirado o excesso de liquido que contem fosfatos dispensaveis! Os SPS acabam por se alimentar também dos restos desta sopa bem como dos detritos dos peixes e dos restos de comida dos peixes! A alimentação dos SPS pode quando muito ser completada com a adição de phytplanton vivo , mas com cuidado para não sobrecarregar o aquario de nutrientes!

Eficiente exportação de nutrientes (nitratos/fosfatos)

Muito importante a longo prazo…ao inicio as tpas e um bom escumador vão resolvendo o assunto, mas com o passar dos meses e acumulação de detritos, mesmo com limpezas, começa a não ser suficiente e daí ser uma desafio muito grande manter um aquário durante vários anos!! Na nossa experiência optamos por colocar macroalga Chamaetomorpha e mangues na sump para ajudar nesta remoçao de nutrientes mas mesmos assim com o passar do tempo vimos que não era suficiente, apesar de ajudar muito e ser uma grande almofada! Assim a utilização de bacterias e doseamento de carbono, quer sob a forma de vodka, vinagre, biopellets ou soluções comerciais parece ser uma das melhores opções para este fim… Qual das melhores…é dificil dizer! Nós usámos e estamos a usar neste momento uma solução comercial (Ultralife da Ocenalife…diria que será vodka/vinagre) que se tem revelado bastante eficaz na diminuição de nitratos e fosfatos com a adição de cerca de 8-11 gotas diarias!! Mas cuidado que o exagero nesta doseagem de carbono pode retirar demasiados nutrientes deixandos os corais “à fome”… corais pálidos, LPS mirrados e a morrer e anémonas stressadas…assim MUITA ATENÇÃO no doseamento….DEVAGAR e sempre a vigiar os valores de nitratos e fosfatos.

Ocellaris – Quadricolor

Ocelaris -Quadricolor

Visit us on

Balling Light – Custos

Após a análise feita no anterior artigo sobre o método de Balling Light decidi agora analisar uma outra variável que é o custo de manutenção deste sistema. Esta variável é importante para tentar perceber se este método tem ou não custos elevados a longo prazo e se realmente vale a pena investir nele.

Antes de mais existem alguns pressupostos para os cálculos que vão ser feitos, sendo eles:

  1. Os preços para os sais e trace elements tiveram como referencia os praticados no site da Coral-Garden;
  2. As soluções de Balling seguem à risca o standart indicado no manual da Fauna Marin;
  3. Para poder efectuar o custo real diário tive por base os meus consumos actuais (03-10-2010) no meu aquário, no entanto tal como foi possível verificar no artigo anterior os consumos vão variando ao longo do tempo e depende de aquário para aquário. No entanto considero os meus consumos actuais bastante elevados tendo em conta que o aquário está lotado dos mais variados corais e portanto é um número acima da média;

Assim sendo e tendo em atenção o que foi indicado anteriormente começamos por calcular qual o preço por Kg de cada um dos sais e depois temos que ter em atenção que segundo a formula da Fauna marin por exemplo 2Kg de Ca originam 5L de solução. Temos também que ter em atenção que se comprarmos sacos de maiores quantidades existem descontos e o preço por quilograma desce.

De seguida temos exactamente a mesma lógica mas desta vez para os trace elements. No entanto desta vez vamos ter o preço por Litro ou Mililitro (abreviado para militro na tabela) e novamente a respectiva dosagem. Atenção novamente que temos embalagens de 250ml ou 500ml com desconto na embalagem maior.

Agora que temos os custos todos calculados e sabemos a formula da Fauna Marin para as soluções vamos calcular os custos totais em euros que vamos ter mensalmente com os sais tendo em conta os consumos actuais que estou a ter (23-10-2010) e novamente ter em conta que existem sacos de 5Kg e 25Kg com preços diferentes.

Assim podemos ver que para consumos de:

  • Ca = 72 ml por dia
  • Mg = 38 ml por dia
  • Kh = 240 ml/dia

No final do mês gastamos algo entre os 6,04€ e os 7,31€ em Ca, Mg e Kh dependendo sempre claro se comprámos sacos de 5Kg ou 25Kg.

Agora temos que fazer as contas mas para os trace elements. Aqui existe um pormenor a ter em atenção. O consumo dos trace elements está directamente ligada ao consumo de Ca e Mg no aquário, consequentemente temos que relacionar o consumo dos trace com os destes 2 elementos.

Chegamos assim à conclusão que por mês gastamos cerca de 0,81€ a 1,09€ em trace elements dependendo se utilizamos garrafas de 250ml ou 500ml. Novamente e para relembrar tudo isto incide nos consumos que estou a ter actualmente no aquário.

Finalmente e sabendo já todos os custos mensais que estou a ter quer em trace elements, quer nos sais para o Balling falta a tão esperada tabela final:

Chegamos finalmente à conclusão que actualmente e se estes consumos se mantiverem por 30 dias gasto algo entro os 8,4€ e os 6,85€. Se estes consumos se mantivessem durante 12 meses isso iria então significar que ia gastar algo entre os 82,2€ e os 100,8€. Novamente ter em atenção que os custos estão relacionados com as quantidades que compramos, isto é, se compramos embalagens maiores o preço por Kg/ml cai.

Espero que estes pequenos cálculos dêem uma ideia daquilo que esperar em termos de custos de manter um destes sistemas a longo prazo. A meu ver são custos muito aceitáveis que estão em linha com muitos sistemas paralelos/rivais a este. É aqui necessário ter em atenção que o aquário não é propriamente de corais moles e também não está propriamente vazio, portanto é natural que haja consumos bastante elevados de Ca, Kh e Mg e se nos lhe fornecermos mais os corais crescem e quanto mais crescem maior o consumo sobe.

Por exemplo um método como o do Kalk que certamente é mais barato que o método de Balling nunca iria ter capacidade para fornecer a quantidade necessária de sais para todos os corais.

É necessário ter igualmente em atenção que este é um método completo, isto é, para além disto so existem as TPA’s. Muitos outros métodos (reactores de cálcio) conseguem fornecer cálcio de forma bastante competitiva e a um custo controlado mas nunca são um método tão completo como este, porque mesmo utilizando mideas avançadas essas nunca poderiam adicionar trace elements por exemplo, tendo que adquirir esses mesmos produtos à parte em outras marcas comerciais.

Nesses mesmos reactores de métodos concorrentes o que acaba por acontecer muitas vezes é o seguinte:

  • Necessidade de ter uma botija de Co2 para dissolver a mídea. Com isso vêm custos com o Co2, o sistema de injecção e um medidor de PH permanente porque o CO2 acidifica a água e portanto existe a necessidade de controlar muito de perto este parâmetro de forma constante (sem falar numa fuga de Co2 com quebras de PH e desenvolvimento de algas);
  • Nunca se consegue obter o mix na midea dentro do reactor perfeito, porque cada aquário é uma aquário e cada caso é um caso. Isto significa que muitas vezes um valor acaba por ficar em défice e outro em excesso porque não é possível de forma individual e independente controlar o Ca, Kh e Mg como é possível no balling. Um aquário de recife é um sistema complexo. Na minha experiência de 6 meses o KH foi subindo de forma tremenda, mas já o Mg subiu bastante ao início mas depois acabou por cais imenso, isto é, nada é linear tudo vai variando de semana para semana e o único método que consegue acompanhar essas varações de forma individual e independente é o método de balling.
  • Finalmente e mais uma vez este método de balling é completo porque fornece todos os elementos necessários para o desenvolvimento dos corais, ao contrário dos outros métodos que so suprimem parte dessas necessidades, tendo que ser complementados com outras formas de adição.

Espero que este artigo ajude a complementar o artigo anterior e desta forma se tenha uma visão a 360 graus de todo o sistema desde como se faz, como se aplica até ao quanto custa.

Finalmente deixo umas fotografias actuais do aquário para se tentar perceber a carga a nível de corais e seus consumos:

Visit us on

Balling Light – Fauna Marin (Português)

UPDATE (17 – 01- 2012): Artigo, Manual e Links actualizados com a ultima formula da Fauna Marin.

Este artigo pretende de uma forma muito prática explicar as vantagens da utilização do sistema de Balling num aquário de Recife. Este sistema tem como principal função repor os níveis de Cálcio, Magnésio, KH e trace elements no aquário. Estes são componentes fundamentais para o desenvolvimento dos corais num sistema fechado como aquele que possuímos nos aquários em nossas casa. Se queremos manter um grande conjunto de corais saudáveis e com boas colorações, estes parâmetros químicos são uma parte essencial para atingir esse objectivo (claro que a iluminação e outros parâmetros são igualmente importantes).
Como é de conhecimento geral podemos fazer este processo de inúmeras maneiras, desde reactores de Cálcio com várias mideas, assim como com o uso de Kalk (através de um reactor ou pinga-pinga) e/ou aditivos comercializados pelas grandes marcas de aquariofilia.

No fundo todos os métodos têm as suas vantagens e desvantagens, e cabe a cada um decidir qual método que se adapta ao seu aquário. No meu caso adoptei o método de Balling porque a meu ver é de longe o melhor método, mais fácil de utilizar e que permite manter os níveis o mais estáveis possível ao longo do tempo.

Balling Light

Antes de mais há que referir que existem inúmeras variantes do método de Balling, no entanto o que estou a utilizar é o Balling Light da Fauna Marin. Para este método é necessário os seguintes items:

  • Uma bomba doseadora de pelo menos 3 saídas (mais a frente vou falar mais especificamente sobre este equipamento);
  • 3 contentores onde vamos colocar 3 soluções que irão ser respectivamente para o Ca, KH e Mg;
  • Reagentes/pós químicos que vamos colocar em cada um desses contentores;
  • Trace Elements;

Relativamente a todos estes items que é necessário possuir penso que as maiores duvidas relativamente a este método se prendem com, quais reagente precisamos comprar e onde os podemos comprar, a um preço mais baixo possível. Os 3 reagentes químicos que precisamos de adequirir são os seguintes:

  • Ca -> Calcium chloride dihydrate;
  • Mg-> Magnesium chloride hexahydrate;
  • KH-> Sodium bicarbonate;

Relativamente à questão de onde podemos comprar estes reagentes existem várias hipóteses:

  1. Comprar os sais oficiais da Fauna Marin que se encontram a venda nas lojas (solução mais cara);
  2. Comprar os sais numa farmácia ou loja que garanta qualidade (solução intermédia);
  3. Importar da Alemanha a um preço baixo;

Necessitamos igualmente como eu indiquei anteriormente dos Trace Elements. Estes Trace Elements são adicionados aos contentores de Ca + Mg e são 3 pequenos frascos que a Fauna Marin vende juntamente com a sua formula Balling Light e podem ser adquiridos separadamente em qualquer loja. Cada um desses frascos contem os seguintes elementos:

  • Strontium-Barium
  • Heavy-Metal complex
  • Iodine-Fluorine

Como é lógico quando importei os sais da Alemanha, foi em grandes quantidade para não ter que me preocupar com eles durante muito tempo (anos), assim como os trace elements. Logicamente o que recebi foi o seguinte:

Os trace elements da Fauna Marin:

Depois de ja ter todo pronto, existe agora a necessidade de aplicar a formula e preparar as soluções com os reagentes químicos. Como tinha dito anteriormente vamos ter 3 contentores e cada contentor vai ter a componente Mg, Ca e KH. Assim sendo temos que fazer as soluções para cada um dos 3 contentores (a Fauna Marin pressupõe contentores de 5L de capacidade, no entanto podemos extrapolar quantidades para maiores/menores contentores).

O manual oficial da Fauna Marin para o Balling Light (última versão actualizada) pode ser entrado no link a seguir e contem todas as instruções, portanto recomendo vivamente guiarem-se pelo mesmo, visto que é bastante simples de compreender:

De qualquer das formas vou colocar de forma sucinta e em Português como preparar as 3 soluções:

  • Ca

Pegar no 1º contentor de 5L e colocar la dentro 2Kg “Calcium chloride dihydrate” e de seguida colocar água de osmose até o nível chegar à marca dos 5L. Dissolver muito bem e no final colocar 25 ml Trace B heavy metal complex + 25 ml Trace B strontium / barium complex;

  • Mg

Pegar no 2º contentor de 5L e colocar la dentro 2Kg “Magnesium chloride hexahydrate” e de seguida colocar água de osmose até o nível chegar à marca dos 5L. Dissolver muito bem.

  • Kh

Pegar no 3º contentor de 5L e colocar la dentro 500g “Sodium bicarbonate” e de seguida colocar água de osmose até o nível chegar à marca dos 5L. Dissolver muito bem. Atenção que para este contentor a água de osmose deve ser aquecida porque a solvabilidade em água do bicabornato de sódio é muito difícil. Se no final ficarem com alguma réstia de pó no fundo do contentor é normal. No final colocar 25 ml Trace B iodine flour complex;

Assim no final temos as 3 soluções preparadas e prontas para ligar à bomba doseadora. Agora é só colocar tubos, programar a bomba doseadora e temos o sistema Balling Light stotalmente automatizado. Vamos ter algo como isto:

Como devem reparar na imagem anterior a bomba doseadora que possuo tem 4 saídas e que estão todas a ser ocupadas. Isso prende-se com o facto de eu achar que a quantidade de trace elements a serem injectados no aquário só através daqueles que a Fauna Marin oferece na sua formula são insuficientes. Assim sendo doseio diariamente 2ml de Korallen-Zucht Trace Element Complex. Eles recomendam dosear doses muito mais elevadas mas como já tenho os trace elements da Fauna Marin, estes servem só como complemento e como a marca Korallen-Zucht é muito cara acabo por ter um custo relativamente baixo com esta adição extra.

Tipicamente as perguntas que após este processo costumam surgir são relativas à programação da bomba doseadora e que quantidade colocar de cada solução ao aquário. Relativamente à bomba doseadora tipicamente são extremamente fáceis de programar, isto é, em 5 minutos ta tudo a funcionar porque elas são totalmente digitais e automáticas. Por exemplo a bomba doseadora da GHL nos só temos que indicar quantos ml (mililitros) de cada solução queremos deitar sob a formula de “x” ml * “y” vezes = “z” ml por cada 24h, isto é, se colocarmos 1 ml * 20 vezes = 20ml por dia. A própria bomba trata de intercalar os vários doseamentos garantindo que 2 soluções nunca são deitadas ao mesmo tempo. Ela também vai distribuindo o doseamento ao longo das 24h. Na prática é tudo muito fácil.

Relativamente as quantidades a deitar de cada solução, isso vai depender de cada aquário, do número de corais que possui, assim como as dimensões do aquário e crescimentos que tem. Os valores que tipicamente nos queremos ter nos nossos reefs são os seguintes:

  • Ca -> 400-440
  • Mg-> 1250-1550
  • Kh-> 8-10

Posso desde já dizer que  a solução de Kh é de longe a que necessita de ser injectada em maiores quantidades. Posso indicar +- os seguintes valores Ca e Mg (25-80ml) e Kh (150-250ml) por dia. A forma mais prática é começar num dado valor e semanalmente medir os parâmetros químicos e ajustar o doseamento. Fazer desta forma até se atingir os valores óptimos que pretendemos ter de forma estável.
Aconselho o uso de kits de medição de Ca + Mg e Kh da JBL por 2 motivos. Um motivo é que são de bastante qualidade e precisão. No entanto a JBL para cada teste que comercializa tem uma versão Refillable que custa 50% menos que o test Kit original e que so vem os líquidos (tubos, plásticos, papeis instrução, etc não vêm porque ja temos da versão completa). Desta forma podemos controlar custos e manter os parâmetros sobre olho de forma mais regular.

No entanto e de forma a pretender dar uma visão mais alargada de como tenho administrado e aplicado o Balling decidi fazer um gráfico, que mostra o histórico de injecções de soluções que tenho feito e qual o valor desse parâmetro medido no aquário. Espero desta forma ajudar a perceber como fui doseando cada um dos reagentes e como esse parâmetro flutuou ao longo do tempo. De notar que as TPA’s são automáticas de 5L por dia e apesar de muito raramente ter mudado um pouco mais ou um pouco menos ou ter durante um curto período mudado de sal (normalmente uso sempre o Red Sea Coral Pro), podemos de certa forma assumir que as soluções de Balling a serem injectadas eram as únicas a influenciar os parâmetros em questão.

Os primeiros 3 gráficos mostram a evolução e variação dos valores de KH, Mg e Ca medidos ao longo de 6 meses (se clicar na imagem aumenta a resolução):

Como é possível observar existem algumas variações mas a tendência é a de manter sempre os valores dentro da escala óptima de cada parâmetro.

De seguida vou apresentar novamente 3 gráficos para o Kh, Mg e Ca, mas desta feita com 2 dimensões. O que quero dizer com 2 dimensões? Simplesmente introduzi a dosagem que estava a ser feita de cada componente através da bomba doseadora. Por exemplo na semana “X” estive a dosear “Y” ml por dia de Ca/Kh/Mg e tinha o valor a “Z” ppm/dkh. Passemos as imagens:

Como é possível observar temos as dosagens de cada componente em mililitros (ml) e assim como o valor que esse parâmetro estava a ser medido no aquário. Espero que este gráfico ajude principalmente quem se quer iniciar neste método para que possa perceber +- que dosagens deve efectuar e como deve ir ajustando cada uma das dosagens com o passar do tempo. Como é possível no início as medições e alterações eram mais frequentes, mas com o passar do tempo foram-se espaçando. É de notar que durante este período muitos peixes, invertebrado e corais foram colocados no sistema. Consequentemente todos os corais que fui colocando foram exigindo mais elementos químicos, no entanto é possível observar que o consumo de KH e Ca foi crescendo ao longo do tempo, principalmente o do KH. Já o Mg teve um pico de consumo na altura em que introduzi os mangues no sistema e estes precisaram de se desenvolver, mas com o passar do tempo os Mangues criaram as suas folhas e raízes e o consumo de Mg baixou muito.

Finalmente deixo um grafico que relaciona o consumo de todos os 3 componentes:

Como novamente é possível confirmar o consumo de KH é enorme. O MG após o pico inicial com o desenvolvimento dos mangues foi com o tempo e de forma estável baixando, ja o CA tem de certa forma crescido de forma bastante estável.

Espero com este artigo poder responder da melhor forma a todas as dúvidas relativamente a este método. Posso dizer que após 6 meses estou extremamente satisfeito por ser um sistema completo muito fácil de manusear e que me permite ajustar de forma bastante precisa cada um dos 3 componentes (Ca, Mg, Kh) á minha bela vontade. A única preocupação que é necessário ter é de ir fazendo os contentores com os líquidos (quem tiver muito espaço pode fazer contentores com 10L ou mais que duram meses e meses) e fazer as medições com os testes químicos. Após essas medições, é só necessário ajustar na bomba doseadora aquilo que queremos aumentar ou diminuir.

GHL: Profilux Independent Dosing Pump (4x)

A GHL é uma marca Alemã que produz esta bomba doseadora que é recomendada pela Fauna Marin para usar em conjunto com o sistema de Balling. O seu uso é extremamente simples e pode ser visualizado no manual do utilizador. Até ao momento tem funcionado correctamente e para alem de um mostrador digital com Menus, cada uma das bombas pode ser removida de forma individual e substituída por uma nova. Como cada uma dessas bombas são as únicas peças de desgaste do aparelho quando avariarem não é necessário comprar novo aparelho ou ter que substituir tudo, mas sim somente a bomba que avariou. Na teoria é um equipamento muito bom e completo e tem mostrado isso mesmo na prática. Este modelo tem 4 saídas e é completamente autónomo.

Visit us on

Propagação de Corais (Português)

Apesar de muito de nós não ter capacidade ou espaço para poder ter um fragário onde possa nas melhores condições propagar as espécies que tem em pequenos Frags mais pequenos é sempre possível incorporar no aquário pequenos locais onde é possível fazer estas operações.

No meu caso tenho dois Frag Racks no sistema. Um está localizado no refúgio onde possui a qualidade da água do aquário e uma iluminação constituída por 2 lampadas (uma branca e outra Azul) PLL de 18W numa pequena calha muito juntinho á água.

No refúgio com fica assim repartido em duas partes. Uma parte com os frags e outra parte com a Macro-Alga Chaetomorpha tal como pode ser visualizado a seguir:

Esta formula utilizada funciona extremamente bem, é fácil de fazer (o suporte é todo ele feito em eggcrate) e a iluminação é excelente com iluminação 50-50 entre luz azul e branca com bons reflectores.

Como dentro do aquário colocar um Frag Rack de eggcrate fica bastante inestético devido à engenharia que é necessária fazer para que o suporte fique agarrado existem no mercado soluções baseadas em Magnets que permite que fique somente a base (cor preta)  suspensa na parede do aquário, estando os Magnets na parte de fora do vidro (funcionou muito bem em vidro de 12mm) e que seguram o Frag Rack.

Neste caso o que foi adoptado foi um Ocean Wonders N52 MAG Rack com Plugs  Ocean Wonders Large Coral Frag Plugs:

Posso afirmar que esta solução funcionou extremamente bem. O Frag Rack mostrou-se muito bom, é capaz de ficar perfeitamente suspenso estando totalmente carregado com Plugs (large) mesmo num vidro 12mm. Desta forma tenta-se da melhor forma ficar com que a vista dentro do aquário não seja afectada com uma grande estrutura de Frags.

Outro utensílio bastante importante para posteriormente poder cortar os corais da melhor forma é utilizar uma tesoura de Inox própria para este fim:

Visit us on

Refúgio: Micro-vida (Português)

Uma função também muito relevante que um refúgio pode ter num aquário é a de poder acumular imensos micro-organismos que são muito importantes nas mais diversas vertentes. Estes alimentam-se de algas e detritos portanto ajudam a manter o aquário limpo e ao mesmo tempo alguns desses micro-organismos vao soltando-se do refúgio e indo parar ao aquário onde vão servir de alimento vivo aos peixes.
Tal como tinha dito no artigo anterior sobre a função de um refúgio a macro-alga Chaetomorpha devido á sua forma de crescimento e natureza permite que centenas de micro-organismos se refugiem nela.

Como a Chaetomorpha se caracteriza por um forte crescimento a cada 2/3 semanas existe a necessidade de remover parte do seu crescimento excessivo e é nestas alturas que se consegue identificar e verificar que ela acumula uma enorme quantidade de micro-organismos.

Para demonstrar esse facto fiz dois pequenos vídeos (resolução de 360p e 480p) onde é possível observar a quantidade de micro-organismos que encontrei na Chaetomorpha removida:

É possivel observar:

  • Lesmas
  • Worms
  • Snails
  • Mysis
  • Ofiurídeos

Claro que no final voltei a colocar todos esses micro-organismos de volta no refúgio devido à sua importância para manutenção de um aquário de recife a longo prazo e da forma mais natural possível.

Visit us on

Iluminação: Calha lâmpadas T5 (Português)

A calha que equipa o aquário é toda ela composta por lâmpadas do tipo T5 e é o modelo Solstar 8X 54W + Led moonlight (Aqua-Eden).

O uso desta calha neste aquário permitiu colocar um grande conjunto de lâmpadas diferentes com diferentes espectros de forma a poder tirar o maior partido das cores dos corais e dos peixes. Ela fornece igualmente um fonte de luz muito intensa mais que suficiente para um Reef deste tamanho e as lâmpadas T5 fornecem valores PAR muito elevados (aconselho também a verem esta tread na ReefCentral onde são medidos aos valores PAR em vários aquários e em várias zonas do aquário). Uma outra característica muito importante deste tipo de iluminação é que o aquário não tem zonas escuras e/ou sombras porque a luz como é emitida ao longo do tubo da lâmpada T5 permite ter uma iluminação uniforme ao longo de todo o aquário.

A calha emite algum calor, mas não muito elevado e com o sistema de ventoinhas fixadas na lateral do aquário a temperatura das mesmas diminui. Um dos factores que leva a que as lâmpadas mais rapidamente se desgastem é a temperatura portanto ao se ter o sistema de ventoinhas no topo do aquário não só se arrefece a água como também se aumenta a longevidade das lâmpadas.

Os resultados obtidos com este tipo de iluminação são muito bons a todos os níveis. A nível energético não é tão bom quando o sistema de Leds, mas é melhor que o sistema HQI. No entanto como todo o tubo T5 emite luz ao longo do seu comprimento e se pode juntar 8 tipos de lâmpadas diferentes com diferentes características e espectros, obtêm-se cores que são impossíveis de obter noutros sistemas e como já foi referido anteriormente o aquário fica sem zonas com sombras ou penumbra, ficando uma iluminação uniforme que permite que os corais tenham as suas melhores cores de qualquer face que seja visto.

A calha em questão é a seguinte:

Aqui temos a mesma calha com os Leds que servem de moon light, isto é, quando as luzes se desligam todas ficam estes 3 Leds ligados. Visualmente fica muito bem porque os corais ficam durante todo este período em luminescência e também permite que os peixes possam estar mais à vontade no aquário:

Finalmente temos a calha com todas as lâmpadas ligadas onde é possível observar os diferentes espectros emitidos pelas lâmpadas:

1- Philips Activiva
2- Osram Skywhite
3- Sylvania CoralStar Actinic
4- Philips Activiva
5- Sylvania CoralStar Actinic
6- Osram Blue
7- Sylvania Aquastar
8- Philips Activiva

Mais tarde foram colocadas só algumas lâmpadas especiais para aumentar a fluorescência dos corais e peixes. As lâmpadas foram:

  • Korallen-Zucht fiji purple (realça os tons mais vermelhos)
  • ATI blue plus (lâmpada com um azul mais claro)
  • ATI TrueActinic (é uma lâmpada verdadeiramente actínica, emite uma luz um pouco roxa)
  • ATI Aquablue special (luz branca)

Espectro

Osram Skywhite

Philips Activiva

Osram Blue

Sylvania CoralStar

Korallen-Zucht fiji purple

ATI TrueActinic

ATI blue plus

ATI Aquablue special

Iluminação HQI

Um outro tipo de iluminação que é recorrente observar em aquários marinhos é a iluminação por lâmpadas HQI. Estas têm tendência a ser de watts extremamente elevados (50W-400W por lâmpada) e portanto so são colocadas 1-2-3 em um aquário. Caracterizam-se por ter um forte intensidade e em provocar o efeito de shimmering:

Posto isto este tipo de iluminação tem tendência a ter grandes consumos de watts. Tem igualmente tendência a produzir grande calor e como a luz vem de 1 só ponto e ao contrário das lâmpadas T5 provoca zonas mais iluminadas ou mais sombrias conforme a zona do aquário e a posição da luz. Também não permite ter múltiplos espectros diferentes porque temos um numero muito reduzido de lâmpadas. Existem soluções que para colmatar este facto juntam lâmpadas HQI com lâmpadas T5 na calha:

Iluminação Leds

A iluminação por Led também cria o mesmo efeito de shimmering que a iluminação por HQI cria e caracteriza-se por um consumo bastante mais baixos que as HQI e também que as T5. Caracteriza-se igualmente ter um custo muito mais elevado. A duração dos Leds também é superior á duração das lâmpadas T5 e HQI que são substituíveis.

Exemplo de uma calha Leds:

Este tipo de iluminação ainda é muito pouco usado principalmente pelo seu elevado custo e pela ainda baixa utilização em aquários. No entanto está em crescimento e cada vez mais existem soluções que tentam aumentar a competitividade destes sistemas para os HQI ou T5. Na InterZoo de 2010 a grande novidade foi a utilização de Leds e no lançamento de muitas novidades nesta área.

Existem inclusive soluções em que se pode colocar numa calha do tipo T5 nos encaixes das lâmpadas uma régua de Leds:

http://reefbuilders.com/2010/05/28/econlux-plug-play-led-replacements-power-compacts-t5-t8-fluorescent-tubes/

Iluminação Plasma

Este tipo de iluminação é extremamente recente, no entanto promete gandes resultados devido á sua enorme capacidade de emitir luz muito intensa e consumir poucos watts:

http://reefbuilders.com/2010/02/02/new-seashine-lifi-plasma-light-rolling-out-soon-game-changer-gets-initial-pricing/

Visit us on

Refúgio: Mangues & Macro Alga Chaetomorpha

Uma forma de conseguir complementar o escumador na função de remover os nitratos e fosfatos do aquário pode ser conseguido através do uso de um Refúgio. Um refúgio é simplesmente um aquário/recipiente que está ligado ao circuito da água do aquário e onde são colocados organismos vivos que de forma natural nos ajudam a manter o nosso aquário de recife. No caso do aquário que está exposto neste blog o Refúgio consiste em ter uma divisão na Sump própria para o que aqui foi descrito e que alberga uma espécie de macro alga e uma espécie de mangrove.

Inicialmente não estava previsto a utilização de mangues no sistema, no entanto mais tarde veio complementar o uso da macro alga por ter um efeito benéfico para o aquário e uma manutenção praticamente nula.

Setup

  • Sump com 3 divisórias, inserida na parte de baixo do móvel.

  • As raízes dos mangues foram colocados dentro de areia que está contida dentro dessas duas caixas plásticas na zona da bomba de retorno.

Iluminação

  • Mini-calha 2x 18w pll 6500K para a macro alga, by Aqua-Eden (possível observar na foto em cima)
  • Mini-calha com suporte no vidro 1x 18W pll 6500K, Blau

Mangrove – Mangue

Os mangues usados para este aquário foram os Red Mangrove Propagule (Rhizophora mangle), sendo que a luz que melhor se encaixa para estas plantas é aquela que é mais parecida com a luz natural, neste caso por volta dos 6500K. Podem-se usar os mais variados tipos de lâmpadas desde que se respeite o espectro e uma boa intensidade que a lâmpada emita. Os Mangues são de crescimento lento/médio e para além de consumirem os nitratos e fosfatos do aquário ao início e durante a formação e crescimento das raízes tendem a consumir bastante Magnésio.

  • Fotos mangues a 26 Fevereiro

  • Fotos mangues a 3 Junho

Como é possível observar pelas fotos existiu um crescimento bastante significativo estando alguns mais desenvolvidas do que outros.

O uso de Mangues no sistema tal como foi referido anteriormente é muito benéfico para consumo de nitratos e fosfatos, tendo sido isso provado em alguns estudos:

  • Nitratos

  • Fosfatos

No meu aquário desde que este completou o ciclo (1 mês), posso garantir que até agora e em 4 meses os nitratos e os fosfatos se têm mantido indetectaveis pelos Kit de medição da JBL. Claro que tudo influencia estes valores desde as TPA’s, ao escumador, as rotinas de manutenção, no entanto tenho a certeza que os mangues são uma grande ajuda para manter estes valores sempre controlados.

Existem pessoas que nas caixas plásticas onde estão as raizes dos mangues em vez de usarem areia de coral usam um produto chamado Miracle Mud que proporciona elementos e minerais que os Mangues vão absorver pelas raízes de forma a evitar que estes consumam magnésio e alguns trace elements da água e que os corais também precisam para se desenvolverem.

Fontes de informação sobre Mangroves/Mangues

Macro Algas

No segundo compartimento da sump foi colocada a macroalga Chaetomorpha. Esta alga é muito utilizada nos aquários de recife por ter um crescimento rápido e consequentemente consumir também rapidamente nitratos e fosfatos e por não libertar esporos ou outro tipo de sementes que mais tarde possam vir parar ao aquário principal e criem uma praga dentro do aquário. Uma alga também muito comum e que é usada nos aquários de recífe é a Caulerpa mas esta pode libertar esses esporos e portanto acaba por não ser muito aconselhado o seu uso no aquário.

  • Fotos da Chaetomorpha

Esta macro alga juntamente com os mangues constituem o refúgio do meu aquário.

No entanto existem outros tipos de macro algas como a Botryocladia uvaria que se caracteriza por ter uma cor avermelhada ou a Ulva sp. que pode inclusivamente ser encontrada na nossa costa e que vem dar as praias Portuguesas. Estas duas algas podem ser consumidas por peixes herbívoros caso eles lhe ganhem o gosto e consomem igualmente Nitratos e Fosfatos do sistema.

Geralmente as macro-algas consomem os nitratos e fosfatos a uma velocidade muito maior que os mangues devido ao seus muito rápido crescimento, no entanto requerem alguma manutenção (lavagem de 15 em 15 dias). Têm ainda duas vantagens que é a de servirem de filtro mecânico caso estejam na Sump e isto aplica-se à Chaetomorpha que como se pode ver nas fotos é muito densa e também acumulam imensos micro-organismos muito importantes para o sistema. Por exemplo copepods, que servem de alimento a muitos peixes que nos temos no nosso aquário, nomeadamente à família dos Mandarins (Dragonets).

Visit us on

Cura Rocha- Viva & Morta (Português)

Quando se começa a montagem de um aquário de recife, um ponto muito importante para o mesmo é a rocha que devemos colocar. Temos que decidir que quantidade de rocha, que tipo de rocha e a qualidade da mesma. Normalmente nas lojas Portuguesas é costume encontrar rocha Indonésia, Indonésia premium e Fiji. Existem muitos outros tipo no entanto foram estas duas as mais comuns que fui encontrando.

Existe também quem adicione rocha que vem de outras montagens, mas essa situação so acontece quando existe essa possibilidade, no entanto é preciso acautelar sempre que seja rocha nova ou de outro aquário á qualidade da mesma.

Normalmente podemos separar a rocha em 2 tipos. Rocha morta, isto é, rocha que foi retirada do mar/aquário e que foi colocada a secar perdendo todos os microorganismos e vida que continha. Esta costuma ser sempre mais barata.

Existe igualmente rocha viva, isto é, rocha que mantém toda a sua vida e microorganismos e portanto irá serve um “filtro” muito importante para alojar bactérias.

Antes de se colocar estas rochas no aquário deve-se proceder a um tratamento à parte das mesmas em recipientes durante algumas semanas de modo a garantir que ela vai entrar no aquário já com o ciclo iniciado.

O que vou descrever a seguir é a forma de como eu tratei 50Kg de rocha (22Kg viva + 28Kg morta) para o meu aquário de 430L de modo a garantir que começava com o pé direito logo ao encher o aquário pela 1ª vez.

A rocha viva usada foi a seguinte:

Devido a todo o processo de apanha e transporte a rocha não chega nas melhores condições a nossa casa portante torna-se importante trata-la.

Cura da rocha viva Fiji 22Kg:

  • Cubo com dimensões 50*50*50;
  • Começou com 40-50 litros de agua e foi gradualmente subindo até encher;

  • Salinidade 1.025;
  • Temperatura 25 ºC;
  • Coloquei uma bomba Tunze 3000l/h mais uma SunSun 3500 l/h para manter a água em alta turbulência com o objectivo de garantir o maior fluxo de água e a libertação de matéria morta;

  • O escumador entrou depois e la ficou a funcionar e a tirar porcaria do cubo e assim ajudar a baixar os valores de No2, No3;
  • Período de 3 semanas que a rocha teve a ciclar, no entanto á segunda semana ja estava impecável;
  • A rocha é muito boa. Muito porosa e cheia de vida e so assim se explica esta rápida recuperação;
  • Algumas mudanças de água de 50% ao incio, mas no total foram somente umas 5. (ao tar num cubo não gasto quase água nenhuma ao mudar 50%, porque caso fosse no tanque principal gastava imensa água e sal);
  • Neste período foi usada agua da torneira com AquaSafe e uns dias de repouso. Eu sei que devia ter usado agua RO/DI, mas não tinha a unidade de osmose instalada e propriamente calibrada;
  • Durante estas 3 semanas virei a rocha 2/3 vezes para ajudar a libertar matéria morta. Obviamente que cada vez que mexia os valores de NO2 e NO3 até rebentavam a escala icon_biggrin.gif;

Portanto basicamente a cura da rocha viva foi dessa forma e assim fiquei com a rocha em boas condições para entrar no aquário para a montagem.
Recomendo vivamente este processo. Tive imenso sucesso desta forma tendo inclusive a rocha viva desenvolvido algumas pequenas esponjas, coralina, etc durante o período no cubo mesmo com luminosidade praticamente nula.

Ao início os valores de NO2, No3 estavam tremendos, mas mas com o passar do tempo e a ajuda do escumador rapidamente os mesmos testes deram NO2 e No3 a níveis muito baixos e nessa altura percebi a quantidade de bactérias e a capacidade de filtração que as rochas acumulam.

Ciclagem de 28Kg de rocha morta:

  • Ficou repartida em 2 em tanques de plástico á parte também durante 3 semanas;
  • Cada tanque teve um aquecedor com agua a 25 ºC e uma bomba normalissima so a circular água. O aquecedor foi para ajudar a degradar a matéria morta. Para quem não sabe a rocha morta á simplesmente rocha viva mas que depois é passada por Lixívia! A minha até trazia ainda um mini caranguejo perfeitamente conservado e umas esponjas e mais umas coisas. Portanto ja podem imaginar a quantidade assombrosa de lixo que estas rochas trazem;

  • Ciclou em água doce;
  • Logo no primeiro dia agua super-amarela e um cheiro esquesito -> mudança total de água;
  • Nos dias seguintes a agua ia ficando cada vez melhor. Mais algumas mudanças de água;
  • Na 2ª semana quando a rocha viva deu sinais de estar estabilizada e tudo a zeros por curiosidade medi o NO2 da rocha morta e claro valores de rebentar a escala porque afinal de contas a rocha está morta;
  • Desde o primeiro dia adicionei em grandes quantidades de Sera Nitrivec para tentar colonizar a rocha e combater o NO2 e NO3, mas digo-vos que nao teve grande sucesso;

Portanto a rocha morta acabou por ser a maior dor de cabeça. Não voltei a medir mais nenhuma vez o NO2 á 3ª semana portanto não sei com andava. Mas a rocha morta é assim, por isso é que é morta e não viva
Mas penso que foi uma boa forma de a limpar, de a tentar colonizar de forma artificial e de a preparar ao máximo para entrar no tanque principal.
Nesta fase nunca misturei a rocha morta com rocha viva. Cada coisa para seu lado.

Após todo este processo que durou 3 semanas a rocha estava pronta para entrar para o aquário e assim ocorreu.
Espero que esta pequena descrição da minha experiência nesta matéria seja útil a quem pretenda acrescentar rocha ao sistema ou montar um novo aquário.

Visit us on