Acropora Eggcratata
Para mais informações:
http://www.reefcentral.com/forums/showthread.php?t=1838955
Acropora Eggcratata
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Para o início do aquário que foi montado começou-se por decidir as medidas do aquário, móvel, sump, coluna seca e todos os pormenores associados.
Para desenhar o aquário foi utilizado o Google Sketchup, que é um programa que facilmente permite visualizar aquilo que se pretende e pode ser manipulado e visto em 3D.
Antes de mais foi necessário decidir as medidas do aquário. Para a altura e largura ficou desde início decidido as medidas de 55cm e 60cm respectivamente. Estas medidas são muito comuns em aquários marinhos e são um bom compromisso entre ter bastante espaço e margem de manobra para ter corais e controlar a litragem do aquário. Para o comprimento estava em dúvida entre os 120cm e os 130cm, mas foi decidido os 130cm porque:
De seguida foi decido o tamanho da Sump e aquilo que é pretendido que a mesma albergue (para além do espaço apra escumador e refúgio, um espaço intermédio para colocar um refugio com macro-algas):
Finalmente o desenho do móvel, com todos os elementos la colocados:
Existem alguns pormenores que foram tidos em atenção logo desde o arranque o projecto. Nas portas do móvel existem algumas prateleiras pequenas, mas que permitem a colocação de imensas coisas que são úteis ter sempre à mão. Existe igualmente uma prateleira interior com o propósito de colocar bomba doseadora para uso do método de Balling e os seus reagentes.
Na traseira do móvel foi igualmente colocada uma tábua para poder afixar fichas eléctricas, lâmpada UV, bomba de reposição, entre outros elementos. Existem igualmente furações para poder passar cabos.
Para além da Sump existe um pequeno aquário á frente da mesma que serve para armazenar água de reposição. Ao lado da Sump existe igualmente outro aquário que vai ter água nova para as TPA’s e ao lado deste um Jerrican para água usada.
Este aquário e Jerrican foram logo projectados de arranque porque foi logo pensado ter um sistema de TPA’s automáticas e consequentemente era necessário logo de início pensar em tudo aquilo que se pretendia implementar. Esse sistema de TPA’s foi implementado e tem estado em funcionamento automático com bom funcionamento.
A dimensão da Sump também teve em conta o espaço para caber um escumador Deltec APF600, um refugio com iluminação e bastante espaço e uma bomba de retorno Aqua Medic Ocean Runner 3500.
Olhando actualmente para o projecto inicial não há grande alterações que agora tenha visto que foram mal projectadas. Existe sempre um ou outro pormenor que não se pensa logo ao início no projecto, mas nada de especial.
Um dos parâmetros para a aferir se a qualidade da água que estamos a usar no aquário é do boa qualidade.
Um medidor de TDS mede Total Dissolved Solids presentes na água em ppm (partículas por milhão).
Este equipamento pode ser adquirido no ebay por preços muito baratos e é um aparelho muito útil na medida em que permite analisar o parâmetro anteriormente indicado. Esta unidade trazia para alem da caneta de medição, instruções e uma pequena capa em pele:
Medidor de TDS em funcionamento utilizado para aferir a qualidade da água da osmose Aquili NPS:
Uma parte importante que necessariamente tem que ser acautelada em um aquário marinho são as mudanças de água (TPA’s).
Normalmente esta é a parte mais chata do aquário porque envolve na grande maioria das vezes passar tubos pelo meio da casa e andar com bombas de água para trás e para a frente.
Para minimizar esta tarefa e para ajudar a uma melhor manutenção do aquário implementei um sistema de TPA’s automáticas. O sistema consiste nos seguintes items:
Assim sendo o sistema que se quer montar é o seguinte:
Cada bomba da Tunze esta ligada a um transformador e os transformadores também são iguais. Estes transformadores estão ligados ao programador digital, portanto quando as bombas entram em ON/OFF entram ao mesmo tempo. A seguir foi so colocar o tubo conforme está no esquema e o circuito que cada bomba faz é igual ao circuito da outra bomba, para se garantir que ambas as bombas vão debitar a mesma quantidade de água no mesmo espaço de tempo.
Assim sendo e estando o sistema montado 1 minuto ON corresponde 1 litro de água. Assim sendo a partir da 20h da noite e depois de hora em hora as bombas ligam 1 minutos até perfazer 5 minutos (5 litros).
O recipiente da água nova leva 40L, no entanto só é cheio até aos 30L. Ja o recipiente da agua usada tem 20l e é um jerrican para ser facilmente transportável.
Este sistema tem estado em funcionamento há ja 3 meses em forma automática e tem funcionado muito bem. A confiança no sistema é muito elevada. No entanto e mesmo caso haja desconfiança no modo automatizado é possível fazer o que quisermos a partir do programador digital. Podemos manter o sistema em OFF e de vez em quando clicar no Botão ON e deixar correr por 15-20 minutos ou outro tempo qualquer conforme o numero de litros que queiramos mudar.
As bombas Tunze foram colocadas a funcionar a 9V porque o transformador é regulável. Não há necessidade de as forçar a funcionar a 12V porque so as ia desgastar mais e o rácio 1 minutos – 1 litro é obtido com as bombas a 9V.
Quando se começa a montagem de um aquário de recife, um ponto muito importante para o mesmo é a rocha que devemos colocar. Temos que decidir que quantidade de rocha, que tipo de rocha e a qualidade da mesma. Normalmente nas lojas Portuguesas é costume encontrar rocha Indonésia, Indonésia premium e Fiji. Existem muitos outros tipo no entanto foram estas duas as mais comuns que fui encontrando.
Existe também quem adicione rocha que vem de outras montagens, mas essa situação so acontece quando existe essa possibilidade, no entanto é preciso acautelar sempre que seja rocha nova ou de outro aquário á qualidade da mesma.
Normalmente podemos separar a rocha em 2 tipos. Rocha morta, isto é, rocha que foi retirada do mar/aquário e que foi colocada a secar perdendo todos os microorganismos e vida que continha. Esta costuma ser sempre mais barata.
Existe igualmente rocha viva, isto é, rocha que mantém toda a sua vida e microorganismos e portanto irá serve um “filtro” muito importante para alojar bactérias.
Antes de se colocar estas rochas no aquário deve-se proceder a um tratamento à parte das mesmas em recipientes durante algumas semanas de modo a garantir que ela vai entrar no aquário já com o ciclo iniciado.
O que vou descrever a seguir é a forma de como eu tratei 50Kg de rocha (22Kg viva + 28Kg morta) para o meu aquário de 430L de modo a garantir que começava com o pé direito logo ao encher o aquário pela 1ª vez.
A rocha viva usada foi a seguinte:
Devido a todo o processo de apanha e transporte a rocha não chega nas melhores condições a nossa casa portante torna-se importante trata-la.
Cura da rocha viva Fiji 22Kg:
Portanto basicamente a cura da rocha viva foi dessa forma e assim fiquei com a rocha em boas condições para entrar no aquário para a montagem.
Recomendo vivamente este processo. Tive imenso sucesso desta forma tendo inclusive a rocha viva desenvolvido algumas pequenas esponjas, coralina, etc durante o período no cubo mesmo com luminosidade praticamente nula.
Ao início os valores de NO2, No3 estavam tremendos, mas mas com o passar do tempo e a ajuda do escumador rapidamente os mesmos testes deram NO2 e No3 a níveis muito baixos e nessa altura percebi a quantidade de bactérias e a capacidade de filtração que as rochas acumulam.
Ciclagem de 28Kg de rocha morta:
Portanto a rocha morta acabou por ser a maior dor de cabeça. Não voltei a medir mais nenhuma vez o NO2 á 3ª semana portanto não sei com andava. Mas a rocha morta é assim, por isso é que é morta e não viva
Mas penso que foi uma boa forma de a limpar, de a tentar colonizar de forma artificial e de a preparar ao máximo para entrar no tanque principal.
Nesta fase nunca misturei a rocha morta com rocha viva. Cada coisa para seu lado.
Um grande problema que os aquários de Recife enfrentam quando se aproxima a Primavera/Verão são as temperaturas muito elevadas. Para combater a temperatura podemos utilizar sistemas de ventoinhas, chillers/peltiers. Cada um destes sistemas tem vantagens/desvantagens.
Um sistema muito comum e extremamente barato é o de um sistema de refrigeração que utilize ventoinhas. Existem imensos sistemas destes á venda no mercado, no entanto todos estes sistemas á venda caem sempre nos mesmos problemas. Os problemas dos produtos comerciais que identifiquei são:
De modo a contornar todos estes problemas decidi fazer um sistema de cooling de ventoinhas baseado em sistemas de outros aquariofilistas que também identificaram estes problemas e fizeram os seus próprios sistemas.
A sua construção foi muito simples e so necessitou dos seguintes materiais/equipamentos:
AIR FLOW 65 m^3/h (38 Cfm)
RUIDO 21 dB/A
ALIMENTAÇÃO: 6 a 13V
Desta forma pretende-se obter o seguinte esquema ligado em paralelo:
A utilização de ventoinhas de 92mm tem a ver com o facto de ser a altura máxima que tinha disponível entre a calha e o vidro do aquário. Cada uma destas ventoinhas consome 0.11A, portanto utilizando o transformador anteriormente referido é possível ligar 9 ventoinhas destas perfazendo no total 990mA.
Finalmente chegou-se ao resultado final:
Este tipo de sistema é extremamente fácil de fazer, é muito barato e permite utilizar ventoinhas de boa qualidade com baixo ruído e boa capacidade de deslocação de ar. Como o transformador indicado é regulável e caso se queira ter um sistema ultra-silencioso é possível baixar a voltagem directamente no transformador e consequentemente reduzir a rotação das ventoinhas e barulho produzido, no entanto estas ventoinhas mesmo a 12V são extremamente silenciosas.
Este sistema está ligado ao controlador de temperatura Forttex TC10 Digital Controller e até ao momento tem funcionado de forma perfeita e estou completamente satisfeito. De relevar também que estas ventoinhas têm um consumo eléctrico muito baixo. Podem-se utilizar ventoinhas de dimensão superior e/ou inferior desde que se acautele o consumo em mA (mili-Amperes) de forma a não ultrapassar aquilo que o transformador fornece.
É também possível utilizar sistemas baseados em chiller/peltier que são substancialmente mais caros e consomem imensa energia, no entanto em zonas do globo onde as temperaturas atingem valores extremamente elevados, só usando estes sistemas se consegue reduzir a temperatura da água.
Exemplos de chiller e um sistema DIY baseado em Peltier:
Um equipamento muito importante a ter num aquário é um controlador de temperatura que permita fazer uma leitura precisa da temperatura e ao mesmo tempo permita controlar os sistemas de aquecimento ou arrefecimento da água.
Nesta Review é analisado este pequeno controlador que cumpre os objectivos anteriormente mencionados. O equipamento em questão é o Forttex TC-10 Digital Thermostat Package 2.
Existem varias versões deste controlador (com ou sem caixa de protecção) e este controlador em específico é fornecido para além do controlador digital, uma sonda de temperatura e uma caixa de plástico para protecção.
Para o controlador poder regular os sistemas de aquecimento ou arrefecimento é necessário fazer algumas ligações eléctricas de modo a que do controlador saiam 2 tomadas, sendo uma para equipamento de aquecimento e outra para equipamento de arrefecimento.
As ligações eléctricas são bastantes simples e podem ser visualizadas na imagem seguinte.
Assim que as ligações estiverem feitas e os equipamentos ligados a sua configuração é muito fácil. A leitura da temperatura é muito precisa (mede temperaturas iguais as de um vulgar, mas preciso, termómetro de mercúrio) e facilmente ajustamos a temperatura que queremos que se atinja (25 ºC por exemplo) e se ajuste os pontos em que queremos ligar aquecimento (24.9 ºC) e arrefecimento (25.1 ºC). Os ajustes podem ser feitos numa escala decimal (0.1).
Este controlador tem-se mostrado extremamente preciso e fiável. Das melhores adições que se pode fazer a um aquário não só porque previne desastres de aquecedores com mau funcionamento, mas também porque liga/desliga automaticamente os equipamentos. Isto permite ter uma temperatura no aquário mais estável e controlada e consequentemente melhora o bem estar dos corais e/ou animais.
Para conhecer o equipamento em maior detalhe podem consultar o manual.