Um componente crucial em qualquer aquário de recife é o escumador que o equipa. Normalmente deve-se optar por um bom escumador para garantir que não teremos que num futuro próximo acabar por ter que o vender e adquirir outro. Existem muitas boas marcas que produzem escumadores desde ATI, Deltec, ATB, Bubble Magus, TMC, Vertex, entre muito outros fabricantes sendo uns mais baratos, outros mais caros, uns mais conceituados e outros menos. Como este post não pretende discutir qual o melhor escumador para o aquário mas simplesmente fazer uma review do escumador que adquiri (Deltec APF600) para este aquário vou mostrar com maior detalhe algumas fotos dele em funcionamento e vazio:
Este escumador é externo, isto é não necessita de estar dentro da Sump para funcionar (apesar de eu o ter dentro da Sump) e para além da bomba que tras incorporada que produz a espuma dentro do escumador é necessário alimenta-lo com água externa ou queda de água do aquário principal ou através de uma bomba de água. No meu caso comecei por ter o escumador a ser alimentado por queda de água, mas a sua regulação era muito complicada para poder afinar a escumação e então decidi colocar uma bomba Eheim regulável até aos 1000l/h para melhor controlar o nivel de água dentro do corpo do escumador. Esse nível de água deve estar na “Bayonete Fiting” segundo a Deltec, isto é, na linha onde o copo onde os resíduos caem é desacoplado para limpeza. Relativamente á bomba de alimentação de água a Deltec recomenda cerca de 800l/h. Como tinha dito a bomba que possuo é Eheim
Até ao momento estou muito satisfeito com o escumador e tem-se portando muito bem. Tem mantido os valores de Nh4, No3, No2, Po4 a zero e o seu trabalhar é muito silencioso.
Apesar de tudo o Deltec APF600 ja é um modelo bastante antigo e devido a tal a Deltec decidiu pegar neste escumador que teve muito sucesso e decidiu em 2010 lançar uma remodelação deste modelo que tem tudo para ser um novo sucesso como o anterior assim o foi.
Este modelo pode ser visualizado com maior detalhe no site da Deltec.
Uma peça fundamental num aquário de recife é a bomba de retorno que faz circular a água entre a Sump e o aquário principal. Este é um equipamento critico porque regra geral funciona 24h/dia e 365dias/ano e ao mesmo tempo tem um papel importantíssimo na circulação da água dentro do aquário, na sua oxigenação e em fazer passar a água pela Sump que consequentemente possui, escumador, refugio, filter bag, sistema UV, aquecedores, entre toda a parnafernália de equipamentos possíveis e imaginários que são retirados do aquário principal para ficarem escondidos na Sump e e assim não estragar a estética do recife.
No caso deste aquário optei por uma Aqua Medica Ocean Runner 3500 que se caracteriza fundamentalmente por ter um caudal máximo de 3500 l/h, ter um consumo de 65W e de ser de uma marca bastante conceituada para pelo menos garantir minimamente alguma fiabilidade.
As suas características podem ser visualizadas aqui em maior detalhe:
De notar que o consumo apesar de um pouco elevado, permite que a bomba tenha muita potencia e perca pouco caudal com a altura. A bomba tem que puxar a água da Sump até ao aquário com algumas curvas em PVC pelo meio portanto é expectável que a litragem/hora à saída no aquário e no caso desta bomba ande por volta dos 3000l/h. Novamente é de notar que ela possui uma potencia muito superior á media daquilo que é costume encontrar no mercado que normalmente perde bem mais quando a altura a que a bomba tem que puxar a água começa a subir. Portanto tem que existir sempre um compromisso entre o consumo energético e a potencia da bomba. É de notar que esta tem umas dimensões muito consideráveis para uma bomba de 3500l/h.
Apesar de muito de nós não ter capacidade ou espaço para poder ter um fragário onde possa nas melhores condições propagar as espécies que tem em pequenos Frags mais pequenos é sempre possível incorporar no aquário pequenos locais onde é possível fazer estas operações.
No meu caso tenho dois Frag Racks no sistema. Um está localizado no refúgio onde possui a qualidade da água do aquário e uma iluminação constituída por 2 lampadas (uma branca e outra Azul) PLL de 18W numa pequena calha muito juntinho á água.
No refúgio com fica assim repartido em duas partes. Uma parte com os frags e outra parte com a Macro-Alga Chaetomorpha tal como pode ser visualizado a seguir:
Esta formula utilizada funciona extremamente bem, é fácil de fazer (o suporte é todo ele feito em eggcrate) e a iluminação é excelente com iluminação 50-50 entre luz azul e branca com bons reflectores.
Como dentro do aquário colocar um Frag Rack de eggcrate fica bastante inestético devido à engenharia que é necessária fazer para que o suporte fique agarrado existem no mercado soluções baseadas em Magnets que permite que fique somente a base (cor preta) suspensa na parede do aquário, estando os Magnets na parte de fora do vidro (funcionou muito bem em vidro de 12mm) e que seguram o Frag Rack.
Neste caso o que foi adoptado foi um Ocean Wonders N52 MAG Rack com Plugs Ocean Wonders Large Coral Frag Plugs:
Posso afirmar que esta solução funcionou extremamente bem. O Frag Rack mostrou-se muito bom, é capaz de ficar perfeitamente suspenso estando totalmente carregado com Plugs (large) mesmo num vidro 12mm. Desta forma tenta-se da melhor forma ficar com que a vista dentro do aquário não seja afectada com uma grande estrutura de Frags.
Outro utensílio bastante importante para posteriormente poder cortar os corais da melhor forma é utilizar uma tesoura de Inox própria para este fim:
As Acanthastreas enquandram-se nos LPS- Large polyped Scleractinian (stoney coral).
É um coral extremamente bonito com incontáveis variantes a nível de coloração (verde, azul, vermelho, roxo, amarelo, cor-de-laranja, etc etc) e com diferentes misturas de cores.
A sua manutenção num aquário de recife é relativamente fácil se as devidas condições de qualidade de água e intensidade de luz forem acauteladas.
O seu crescimento após o período de adaptação ao aquário é bastante rápido multiplicando o numero de pólipos á sua volta pode aumentar facilmente de tamanho. A sua propagação também bastante facil, basta cortar a colónia em várias partes até se obterem vários frags e quer a colónia, quer os frags facilmente sobrevivem. Mesmo os polipos cortados a meio recuperam o tecido que foi cortado.
De seguida vou colocar os 8 diferentes frags de Acanthastreas que possuo actualmente no aquário. É preferível pegar em frags pequenos e variados do que em 1 colónia enorme de 1 so tipo de espécie, porque se fica com mais variedade e o coral para alem de se adaptar bem ao aquário recupera muito bem do processo de corte. Os frags que vou mostrar em seguida são pequenos mais em relativamente pouco tempo (1 mês) começaram imediatamente a gerar novos polipos a sua volta e a um ritmo bastante rápido. Em alguns meses o tamanho do frag facilmente duplica/triplica.
Como é possível observar são corais muito bonitos que com o tempo facilmente irão crescer para tamanhos superiores.
Depois de um artigo sobre este coral ficam agora umas fotos e video (resolução de 360p e 480p) do mesmo totalmente aberto com as luzes ligadas:
Video:
É possível observar que o coral mesmo com luz directa, com o tempo ele vai-se habituando a tolerar a mesma. Se for alimentado sempre a uma determinada hora ele também vai abrir sempre nesse período a espera de ser alimentado.
A alimentação geralmente consiste na seguinte formula:
Junto num recipiente TMC Nutraplus + rotiferos e cyclops congelados + Cyclop-eeze;
Coloco alguma água salgada e misturo tudo ate ficar tudo uniforme;
Com uma pipeta administro directamente no Sun Coral assim como todos os LPS e os próprios SPS tb vão apanhando.
No entanto também alimento de vez em quando o Sun Coral e os LPS com artémia e mysis congelado.
Uma função também muito relevante que um refúgio pode ter num aquário é a de poder acumular imensos micro-organismos que são muito importantes nas mais diversas vertentes. Estes alimentam-se de algas e detritos portanto ajudam a manter o aquário limpo e ao mesmo tempo alguns desses micro-organismos vao soltando-se do refúgio e indo parar ao aquário onde vão servir de alimento vivo aos peixes.
Tal como tinha dito no artigo anterior sobre a função de um refúgio a macro-alga Chaetomorpha devido á sua forma de crescimento e natureza permite que centenas de micro-organismos se refugiem nela.
Como a Chaetomorpha se caracteriza por um forte crescimento a cada 2/3 semanas existe a necessidade de remover parte do seu crescimento excessivo e é nestas alturas que se consegue identificar e verificar que ela acumula uma enorme quantidade de micro-organismos.
Para demonstrar esse facto fiz dois pequenos vídeos (resolução de 360p e 480p) onde é possível observar a quantidade de micro-organismos que encontrei na Chaetomorpha removida:
É possivel observar:
Lesmas
Worms
Snails
Mysis
Ofiurídeos
Claro que no final voltei a colocar todos esses micro-organismos de volta no refúgio devido à sua importância para manutenção de um aquário de recife a longo prazo e da forma mais natural possível.
Quando as luzes se desligam nasce um novo Sol no aquário:
Este coral Tubastrea aurea, também conhecido como Sun Coral pertence á categoria dos NPS (non photosintetic coral) porque não possuiu a alga simbiótica que permita fazer fotossíntese. Assim sendo ele necessita de ser alimentado pólipo a pólipo de modo a poder manter este coral no aquário.
Neste video é possível ver como é feita a sua alimentação:
Também é possível remover o coral para um balde e alimentar fora do aquário dentro do balde. No entanto o importante é ir alimentado o coral regularmente (1-2-3x por semana dependendo da quantidade).
Com a chegada em força do Verão decidi aumentar a capacidade de refrigeração aumentando o número de ventoinhas no sistema de refrigeração e passando o sistema para a parte de trás do aquário.
O Upgrade consistiu em colocar mais 4 ventoinhas a somar as 5 ventoinhas que ja tinha.
Esta nova calha de ventoinhas foi feita exactamente da mesma forma que a anterior calha.
Resultado final:
Com este Upgrade consigo controlar ainda melhor as temperaturas e baixar mais a temperatura da água.
Uma outra vantagem é que não só o aquário é refrigerado como as lâmpadas da calha de iluminação. isto faz com que as lâmpadas T5 operem a temperaturas inferiores aumentado a sua longevidade e potencia de iluminação.
Uma outra vantagem ainda é não permitir que o calor emitido pela calha de lâmpadas T5 chegue à superfície da água.
Segundo a reefbuilders apareceram uns novos corais vindos de Timor:
Australomussa rowleyensis is not quite a chalice coral, not quite an LPS and although it once was just an unusual curiosity that was sometime spotted in shipments from Indo and Australia, this amazing crop of Australomussa from Timor Indonesia is a whole new animal.
A calha que equipa o aquário é toda ela composta por lâmpadas do tipo T5 e é o modelo Solstar 8X 54W + Led moonlight (Aqua-Eden).
O uso desta calha neste aquário permitiu colocar um grande conjunto de lâmpadas diferentes com diferentes espectros de forma a poder tirar o maior partido das cores dos corais e dos peixes. Ela fornece igualmente um fonte de luz muito intensa mais que suficiente para um Reef deste tamanho e as lâmpadas T5 fornecem valores PAR muito elevados (aconselho também a verem esta tread na ReefCentral onde são medidos aos valores PAR em vários aquários e em várias zonas do aquário). Uma outra característica muito importante deste tipo de iluminação é que o aquário não tem zonas escuras e/ou sombras porque a luz como é emitida ao longo do tubo da lâmpada T5 permite ter uma iluminação uniforme ao longo de todo o aquário.
A calha emite algum calor, mas não muito elevado e com o sistema de ventoinhas fixadas na lateral do aquário a temperatura das mesmas diminui. Um dos factores que leva a que as lâmpadas mais rapidamente se desgastem é a temperatura portanto ao se ter o sistema de ventoinhas no topo do aquário não só se arrefece a água como também se aumenta a longevidade das lâmpadas.
Os resultados obtidos com este tipo de iluminação são muito bons a todos os níveis. A nível energético não é tão bom quando o sistema de Leds, mas é melhor que o sistema HQI. No entanto como todo o tubo T5 emite luz ao longo do seu comprimento e se pode juntar 8 tipos de lâmpadas diferentes com diferentes características e espectros, obtêm-se cores que são impossíveis de obter noutros sistemas e como já foi referido anteriormente o aquário fica sem zonas com sombras ou penumbra, ficando uma iluminação uniforme que permite que os corais tenham as suas melhores cores de qualquer face que seja visto.
A calha em questão é a seguinte:
Aqui temos a mesma calha com os Leds que servem de moon light, isto é, quando as luzes se desligam todas ficam estes 3 Leds ligados. Visualmente fica muito bem porque os corais ficam durante todo este período em luminescência e também permite que os peixes possam estar mais à vontade no aquário:
Finalmente temos a calha com todas as lâmpadas ligadas onde é possível observar os diferentes espectros emitidos pelas lâmpadas:
Mais tarde foram colocadas só algumas lâmpadas especiais para aumentar a fluorescência dos corais e peixes. As lâmpadas foram:
Korallen-Zucht fiji purple (realça os tons mais vermelhos)
ATI blue plus (lâmpada com um azul mais claro)
ATI TrueActinic (é uma lâmpada verdadeiramente actínica, emite uma luz um pouco roxa)
ATI Aquablue special (luz branca)
Espectro
Osram Skywhite
Philips Activiva
Osram Blue
Sylvania CoralStar
Korallen-Zucht fiji purple
ATI TrueActinic
ATI blue plus
ATI Aquablue special
Iluminação HQI
Um outro tipo de iluminação que é recorrente observar em aquários marinhos é a iluminação por lâmpadas HQI. Estas têm tendência a ser de watts extremamente elevados (50W-400W por lâmpada) e portanto so são colocadas 1-2-3 em um aquário. Caracterizam-se por ter um forte intensidade e em provocar o efeito de shimmering:
Posto isto este tipo de iluminação tem tendência a ter grandes consumos de watts. Tem igualmente tendência a produzir grande calor e como a luz vem de 1 só ponto e ao contrário das lâmpadas T5 provoca zonas mais iluminadas ou mais sombrias conforme a zona do aquário e a posição da luz. Também não permite ter múltiplos espectros diferentes porque temos um numero muito reduzido de lâmpadas. Existem soluções que para colmatar este facto juntam lâmpadas HQI com lâmpadas T5 na calha:
Iluminação Leds
A iluminação por Led também cria o mesmo efeito de shimmering que a iluminação por HQI cria e caracteriza-se por um consumo bastante mais baixos que as HQI e também que as T5. Caracteriza-se igualmente ter um custo muito mais elevado. A duração dos Leds também é superior á duração das lâmpadas T5 e HQI que são substituíveis.
Exemplo de uma calha Leds:
Este tipo de iluminação ainda é muito pouco usado principalmente pelo seu elevado custo e pela ainda baixa utilização em aquários. No entanto está em crescimento e cada vez mais existem soluções que tentam aumentar a competitividade destes sistemas para os HQI ou T5. Na InterZoo de 2010 a grande novidade foi a utilização de Leds e no lançamento de muitas novidades nesta área.
Existem inclusive soluções em que se pode colocar numa calha do tipo T5 nos encaixes das lâmpadas uma régua de Leds:
Este tipo de iluminação é extremamente recente, no entanto promete gandes resultados devido á sua enorme capacidade de emitir luz muito intensa e consumir poucos watts:
Uma forma de conseguir complementar o escumador na função de remover os nitratos e fosfatos do aquário pode ser conseguido através do uso de um Refúgio. Um refúgio é simplesmente um aquário/recipiente que está ligado ao circuito da água do aquário e onde são colocados organismos vivos que de forma natural nos ajudam a manter o nosso aquário de recife. No caso do aquário que está exposto neste blog o Refúgio consiste em ter uma divisão na Sump própria para o que aqui foi descrito e que alberga uma espécie de macro alga e uma espécie de mangrove.
Inicialmente não estava previsto a utilização de mangues no sistema, no entanto mais tarde veio complementar o uso da macro alga por ter um efeito benéfico para o aquário e uma manutenção praticamente nula.
Setup
Sump com 3 divisórias, inserida na parte de baixo do móvel.
As raízes dos mangues foram colocados dentro de areia que está contida dentro dessas duas caixas plásticas na zona da bomba de retorno.
Iluminação
Mini-calha 2x 18w pll 6500K para a macro alga, by Aqua-Eden (possível observar na foto em cima)
Mini-calha com suporte no vidro 1x 18W pll 6500K, Blau
Mangrove – Mangue
Os mangues usados para este aquário foram os Red Mangrove Propagule (Rhizophora mangle), sendo que a luz que melhor se encaixa para estas plantas é aquela que é mais parecida com a luz natural, neste caso por volta dos 6500K. Podem-se usar os mais variados tipos de lâmpadas desde que se respeite o espectro e uma boa intensidade que a lâmpada emita. Os Mangues são de crescimento lento/médio e para além de consumirem os nitratos e fosfatos do aquário ao início e durante a formação e crescimento das raízes tendem a consumir bastante Magnésio.
Fotos mangues a 26 Fevereiro
Fotos mangues a 3 Junho
Como é possível observar pelas fotos existiu um crescimento bastante significativo estando alguns mais desenvolvidas do que outros.
O uso de Mangues no sistema tal como foi referido anteriormente é muito benéfico para consumo de nitratos e fosfatos, tendo sido isso provado em alguns estudos:
Nitratos
Fosfatos
No meu aquário desde que este completou o ciclo (1 mês), posso garantir que até agora e em 4 meses os nitratos e os fosfatos se têm mantido indetectaveis pelos Kit de medição da JBL. Claro que tudo influencia estes valores desde as TPA’s, ao escumador, as rotinas de manutenção, no entanto tenho a certeza que os mangues são uma grande ajuda para manter estes valores sempre controlados.
Existem pessoas que nas caixas plásticas onde estão as raizes dos mangues em vez de usarem areia de coral usam um produto chamado Miracle Mud que proporciona elementos e minerais que os Mangues vão absorver pelas raízes de forma a evitar que estes consumam magnésio e alguns trace elements da água e que os corais também precisam para se desenvolverem.
No segundo compartimento da sump foi colocada a macroalga Chaetomorpha. Esta alga é muito utilizada nos aquários de recife por ter um crescimento rápido e consequentemente consumir também rapidamente nitratos e fosfatos e por não libertar esporos ou outro tipo de sementes que mais tarde possam vir parar ao aquário principal e criem uma praga dentro do aquário. Uma alga também muito comum e que é usada nos aquários de recífe é a Caulerpa mas esta pode libertar esses esporos e portanto acaba por não ser muito aconselhado o seu uso no aquário.
Fotos da Chaetomorpha
Esta macro alga juntamente com os mangues constituem o refúgio do meu aquário.
No entanto existem outros tipos de macro algas como a Botryocladia uvaria que se caracteriza por ter uma cor avermelhada ou a Ulva sp. que pode inclusivamente ser encontrada na nossa costa e que vem dar as praias Portuguesas. Estas duas algas podem ser consumidas por peixes herbívoros caso eles lhe ganhem o gosto e consomem igualmente Nitratos e Fosfatos do sistema.
Geralmente as macro-algas consomem os nitratos e fosfatos a uma velocidade muito maior que os mangues devido ao seus muito rápido crescimento, no entanto requerem alguma manutenção (lavagem de 15 em 15 dias). Têm ainda duas vantagens que é a de servirem de filtro mecânico caso estejam na Sump e isto aplica-se à Chaetomorpha que como se pode ver nas fotos é muito densa e também acumulam imensos micro-organismos muito importantes para o sistema. Por exemplo copepods, que servem de alimento a muitos peixes que nos temos no nosso aquário, nomeadamente à família dos Mandarins (Dragonets).
Como ainda não tinha colocado nenhumas fotos do aquário, coloco agora estas fotos ja de 8 Maio. No entanto certamente mais tarde colocarei outras fotos com a evolução do aquário até chegar a este ponto.
Aqui ficam algumas fotos:
Kalk – DIY no metodo de pinga pinga (actualmente Balling Light)
Como é possível observar o setup este contempla todos os equipamentos necessários para colocar o aquário a funcionar nas devidas condições (existem “n” setups diferentes e grendes discussões á volta dos mesmos, no entanto esta foi a escolha feita). As bombas de circulação mais tarde sofreram um upgrade para uma Vortech MP40W e o método de pinga pinga de kalk foi removido para utilizar método de Balling Light da Fauna marin, no entanto tudo o resto se mantém.
O primeiro passo para fazer a montagem foi idealizar o Layout. Para tal, iniciou-se por pensar na forma que se queria que o layout tivesse e so mais tarde se tentou montar esse layout (ainda fora do aquário):
Assim que se conseguiu conjugar mais ou menos as peças, então passou-se para a montagem no aquário. As rochas foram enviadas por correio portanto não tive oportunidade de escolher o que queria, foi simplesmente conjugar de peças disponíveis. Simplesmente para a rocha morta pedi 4 plates grandes de forma a fazer efeito de escada e com muito espaço onde colocar corais.
Rocha ja dentro do aquário:
Nesta fase é necessário ter uma esponja para ir mantendo sempre as rochas molhadas. Estas estiveram a ciclar durante algumas semanas portanto é importante que esta fase seja extremamente rápida por forma a manter as colónias de bactérias que se formaram intactas. Para isso, é claro importante que o posicionamento das rochas ja esteja pre-definido de forma a sair um bom layout logo á primeira.
As rochas também foram assentes directamente sobre o vidro e so depois foi colocada a areia.
No final temos a rocha toda disposta dentro do aquário pronto ja para encher e igualmente introduzir a areia que foi previamente também passada por água para tirar algum lixo que viesse acumulado.
Até chegar a este ponto não se demorou mais que 30 minutos. A partir daí foi-se enchendo o tanque até a rocha ficar totamente submersa. É igualmente importante ter previamente acumulado grandes quantidade de água de osmose e a boas temperaturas, portanto o planeamento e o início da montagem na verdade começa muito antes. Temos que ter o layout planeado, produzir e armazenar água de osmose salinada e aquecida e ter todos os equipamentos prontos para entrar em acção.
Este foi o resultado final obtido. Da para observar alguns filtros e aquecedores ainda tudo dentro do aquário. Foi somente do forma temporária até colocar a Sump 100% operacional.
Área técnica:
Nesta altura ainda extremamente desarrumada mas ja com os equipamentos instalados.
Finalmente o aquário 8 dias depois da montagem:
Portanto como é possível observar o processo de montagem não é muito complicado, só tem que ser devidamente planeado todos os passos até chegar ao dia da montagem. Apesar de aqui não estar exposto, mas é necessário também previamente colar e instalar a tubagem e ligar todo o sistema que vai fazer o circuito entre o aquário e a Sump. É uma parte que também tem que ser planeada com muito cuidado porque visto que os tubos são colados ira depois ficar permanente e é uma parte muito sensível a fugas de água.
Aqui tentei indicar quais os pontos chaves para se obter uma boa montagem, obviamente que existem muitas outras coisas que aqui não estão expostas mas que têm que ser feitas obrigatoriamente e que são igualmente importantes, no entanto penso que o foque maior foi naqueles pontos onde é comum encontrar mais erros ou dificuldades ao montar o aquário.